Publicado em 26 de junho de 2025 por Mecânica de Comunicação
Um dos fatores que, inicialmente, possibilitou a alavancagem de Sistema Nacional de Tecnologia e Inovação (SNCTI) nacional foi a criação dos Fundos Setoriais de ciência e tecnologia que, a despeito de sua própria definição e das fontes de recursos oriundas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), foram desvinculados como forma de eliminar a obrigatoriedade de aplicação nos setores que os originaram, em especial, sob a modalidade de subvenção econômica.
Nesse sentido, a criação da EMBRAPII, em 2013, possibilitou, a um só tempo, a viabilização e desenvolvimento de ambientes operacionais com altos níveis de produtividade e sustentabilidade no SNCTI, cujo modelo de financiamento estabelece o aporte de até 1/3 do valor total do projeto de inovação sob a forma de recursos não reembolsáveis, enquanto os 2/3 restantes ficarão a cargo de suas unidades credenciadas - responsáveis exclusivas pela elaboração e execução dos projetos de inovação - e da empresa contratante, de forma a evitar a ocorrência de solução de continuidade decorrente de um possível contingenciamento de verbas, com o empenho das partes envolvidas e garantindo o sucesso do investimento em Inovação.
De acordo com a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação - ENCTI (2016-2022), que foi validada pelo Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), a EMBRAPII - uma das seis agências de fomento de SNCTI – credenciou, inicialmente, 13 unidades e cinco polos de inovação IFEs (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia). Até 31 de dezembro de 2019, foram credenciadas um total de 44 unidades, tendo sido descredenciadas, tão somente, no ano de 2017, duas delas por terem sido avaliadas com baixo desempenho.
A EMBRAPII possui um modelo de gestão denominado Excelência Operacional EMBRAPII (EOE), cuja finalidade precípua é auxiliar suas unidades no aprimoramento de competências de ordem técnica, organizacional e gerencial, que preconiza a necessidade de se atingir um nível de excelência tanto nas áreas “fins” como nas “meio”, de maneira a promover o contínuo desenvolvimento de competências, como forma de atingir seus objetivos institucionais – definição do modelo de gestão por meio de desenvolvimento contínuo de conhecimentos e apoio nos processos de qualificação e acompanhamento de seus resultados.
Ao fazer a avaliação sobre o conceito de agilidade e sua aplicação em gestão de tecnologia para o caso EMBRAPII, reconhece-se a potencialidade das Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação proverem resposta eficiente às demandas de seus clientes, de forma a assegurar uma maior efetividade na execução de projetos inovativos e, por via de extensão, impactar o desempenho dos ecossistemas de Inovação.
Desde a sua criação e início de funcionamento, a EMBRAPII tem realizado um papel bastante proeminente, por meio da execução do Contrato de Gestão celebrado com o (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) MCTI - com vistas ao atingimento dos objetos colimados em diversas políticas industriais estabelecidas -, de forma a viabilizar a promoção do “catching up” - processo em que as economias em desenvolvimento se aproximam do nível de riqueza acumulada das economias mais desenvolvidas - e, consequentemente, garantir efetividade à política de CT&I no âmbito do SNCTI brasileiro.
As informações acima foram extraídas da dissertação de mestrado Indicadores de inovação e sustentabilidade: estudo de caso do modelo operacional da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial - EMBRAPII, defendida por Pedro Paulo Spencer Soares, no Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT) da Universidade Federal de Pernambuco, sob orientação do professor José Gilson de Almeida Teixeira Filho.
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