Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 26 de janeiro de 2013

Hoje em Dia - Obras públicas e Copa embalam indústria de máquina de construção

Obras públicas e Copa embalam indústria de máquina de construção

Bruno Porto - Do Hoje em Dia

O setor de máquinas para construção, também conhecido como linha amarela, projeta um ano de retomada em 2013, após negócios fracos no ano passado. Embora a iniciativa privada ainda não esteja desengavetando planos de investimentos, as obras públicas ligadas à segunda etapa do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e à Copa do Mundo no Brasil em 2014 são as esperanças de dias melhores. Estudo elaborado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) aponta para um crescimento médio do setor neste ano de 12,5%.

De acordo com o levantamento, o setor deve registrar crescimento médio anual de 10,42% até 2017. A expectativa positiva está amparada também nas várias medidas de estímulo da economia do governo federal, como desoneração da folha de pagamentos, juros baixos e corte nas tarifas de energia elétrica, que podem assegurar maior competitividade ao produtor nacional, fechando as portas para o ingresso de equipamentos importados.

Na Tractorbel, sediada em Belo Horizonte, a estimativa é de uma alta entre 8% e 10% nos negócios em relação ao ano passado. “Em fevereiro, vamos inaugurar nossa primeira loja em São Paulo, onde apostamos nossas fichas para sustentar a meta de crescimento”, afirma o diretor da Tractorbel, Rafael Ribeiro. Metade das vendas da empresa ocorre em Minas Gerais. São Paulo deve estrear com 30% de participação em 2013. A empresa comercializa máquinas XGMA e Yanmar.

Na JCB, que fabrica máquinas no Reino Unido, Estados Unidos, Índia e Brasil, o faturamento neste ano deve saltar até 12% na comparação com 2012. “As obras de infraestrutura, como as dos aeroportos, devem aumentar a demanda. O crescimento vai ocorrer mesmo com uma iniciativa privada ainda com pé no freio”, diz o diretor comercial, Nei Hamilton Martins.

Presente em 16 unidades da federação com 30 filiais, 12% das vendas da JCB estão concentradas em Minas Gerais.