Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 20 de março de 2013

Folha de Pernambuco - Pernambuco constrói mais no NE

Pernambuco constrói mais no NE

Porém fica em terceiro lugar em volume financeiro, conforme pesquisa

ANDRÉ CLEMENTE

Marina Mahmood

CONSULTOR Brian Nicholson apresentou, ontem, os dados levantados na Região

A construção é um setor representativo para o bom desempenho de Pernambuco em âmbitos regional e nacional. Porém, em visão geral, a quantidade obras não garante retorno em reais, quando é feita comparação com outros locais. Nosso estado é onde se concentram as maiores atividades das construtoras no Nordeste, mas perde para a Bahia e Ceará em volume financeiro.

Enquanto Pernambuco aplica em obras como Cidade da Copa e as unidades de Coqueamento Retardado (derivação de tratamento de petróleo) e de Tratamento Acústico da Refinaria Abreu e Lima, o Ceará movimenta bilhões em infraestrutura rodoviária e ferroviária. A Bahia, por sua vez, investe na área de bastante valor agregado, como pesquisa e extração de petróleo do pré-sal.

Os dados são da pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil, encomendada pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Nela, com base em relatórios apresentados por empresas e governos, até 2017, devem ser iniciados, estar em andamento ou concluídos projetos com valores que chegam a R$ 1,6 trilhão, principalmente, na infraestrutura. São 8.948 obras e projetos nos 26 estados e o Distrito Federal.

“A fatia que cabe à Região Nordeste é 3.373 obras em andamento, paralisadas e projetos anunciados, com valor agregado de R$ 327,9 bilhões, o que representa 37,7% do total nacional das obras e 20,5% do valor. Isso posiciona o Nordeste como a região de maior número de obras. Pernambuco, especificamente, contribui com 619 obras e projetos, com recursos estimados em R$ 59,7 bilhões”, revelou o consultor da Sobratema, Brian Nicholson. “Esses números colocam o Estado em 1º lugar em número de obras e em 3º lugar na região em valor, atrás do Ceará e da Bahia, com investimentos previstos de R$ 87,7 bilhões e R$ 66 bilhões, respectivamente”, pontuou.

Segundo ele, o setor da construção no Brasil vem crescendo ainda mais, ano após ano, e ganhando significativa relevância no cenário nacional e contribuindo para a evolução econômica do País. “O crescimento na arrecadação de impostos pela cadeia, a geração de empregos e a ampliação do número de empresas ligadas à atividade são fatores que confirmam este cenário positivo para o setor. O setor da construção responde por cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e o número de municípios com empresas que atuam no ramo de construção saltou de 2,9 mil, em 2005, para as atuais quatro mil cidades”, afirmou Brian Nicholson.