Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 05 de agosto de 2023

Usinagem Brasil - Vendas da linha amrela devem echar em queda em 2023

VENDAS DA LINHA AMARELA DEVEM FECHAR EM QUEDA EM 2023

(06/08/2023) – Após seis anos de crescimento consecutivo e do volume histórico de 39,9 mil unidades comercializadas no ano passado, o mercado de equipamentos da linha amarela deve ter uma retração nas vendas em 2023. A estimativa é de queda de 14% nas vendas de máquinas neste ano, com 34,6 mil unidades comercializadas, segundo o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, divulgado na semana passada.

Segundo o consultor Mario Miranda, coordenador do Estudo, esse resultado está relacionado à menor confiança e otimismo no mercado, ao aumento dos custos operacionais, ao cenário econômico, que está ainda incerto, à desaceleração de investimentos de longo prazo e das concessões e à restrição de crédito às pequenas e médias empresas. “Apesar da expectativa de redução da Selic em agosto, a taxa segue muito alta, trazendo desafios para o crédito e financiamento das empresas”, afirmou Miranda, durante o Webinar Sobratema Atualização das Tendências no Mercado da Construção, realizado no dia 27 de junho.

De acordo com Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, apesar da estimativa de queda, o desempenho do setor em 2023 ainda ficará entre os melhores da história em termos de venda de equipamentos, superando os anos de 2013 e 2021, quando foram comercializadas mais de 33 mil máquinas da linha amarela. “Em 2022, tivemos um ano fora da curva e o ajuste da régua é normal. Considero 2023 um ano de alinhamento”, pontuou.

O Estudo de Mercado apontou fatores positivos para 2023, como as estimativas de um crescimento maior do Produto Interno Bruto (PIB), a aprovação da Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados, o anúncio de um novo programa para infraestrutura, os resultados do agronegócio e a perspectiva de substituição da frota pelas mineradoras e pedreiras. “Esses fatores podem melhorar o cenário este ano e influenciar positivamente os resultados de 2024, que será um ano de transição”, disse Miranda. Para o ano que vem, a estimativa é de uma alta de 4% nas vendas de equipamentos da linha amarela.